Quem inventou o WiFi e outras curiosidades

Confira mais detalhes sobre a mulher que inventou o WiFi, o contexto histórico da época e como essa invenção levou a várias tecnologias que temos hoje.

Hoje em dia, cada vez mais objetos estão conectados à internet, nos permitindo ter celulares, assistentes virtuais, aspiradores de pó, máquinas e outros dispositivos domésticos inteligentes. 

Mas você sabe quem inventou o WiFi e nos permitiu um mundo tão conectado?

Poucos sabem, mas por trás da invenção do WiFi está Hedy Lamarr, uma atriz de Hollywood e inventora. 

Confira mais detalhes sobre a mulher que inventou o WiFi, o contexto histórico da época e como essa invenção levou a várias tecnologias que temos hoje. 

Quem inventou o WiFi?

Hedy Lamarr, mulher que inventou o WiFi, era austríaca e se refugiou nos Estados Unidos. 

Segundo a história, Lamarr conheceu o compositor George Antheil em uma festa, em 1940. 

Enquanto tocavam piano juntos, ela teve a inspiração para a tecnologia do sistema de salto de frequência: manter a sincronia mesmo com os dois tocando teclas diferentes. 

Juntos, criaram um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas, cuja patente foi feita em 1940 usando seu nome de registro (Hedwig Eva Maria Kiesler).

Lamarr descobriu que, se o emissor e o receptor mudassem constantemente de frequência, somente os dois poderiam se comunicar sem medo de serem interceptados pelo inimigo.

Na época, os torpedos submarinos eram controlados por sinais abertos de rádio e, para conter ataques, a marinha alemã provocava congestionamentos na frequência usada na comunicação dos submarinos, causando perda de conexão. 

Com a tecnologia criada por Hedy Lamarr, o sinal poderia “pular” de um canal para outro, tornando-se imune a essa estratégia de defesa. 

A mãe do WiFi e a falta de reconhecimento

Se fosse implementada, essa tecnologia colocaria as forças aliadas em grande vantagem, mas o sistema não foi usado na Segunda Guerra Mundial. 

O fato da inventora ser uma jovem mulher famosa fez com que o alto comando dos Estados Unidos ignorasse suas ideias. 

O projeto ficou guardado no Departamento de Guerra dos Estados Unidos até 1962, quando o aparelho inventado passou a ser usado por tropas militares norte-americanas em Cuba. 

Na época em que sua invenção finalmente foi usada, a patente já havia sido expirada e Hedy Lamarr não recebeu dinheiro algum pela sua invenção. 

Vida e legado de Hedy Lamarr, da Áustria para o mundo

Sua fama veio anos antes, quando ainda adolescente interpretou diversos papéis em filmes alemães, contracenando com atores famosos da época. 

Ela protagonizou a primeira cena de orgasmo da história da sétima arte, no filme “Êxtase” e, depois de dois casamentos controladores e abusivos, conseguiu fugir do país com suas valiosas jóias e naturalizando-se norte-americana em 1953. 

Em 1997, a Electronic Frontier Foundation premiou Lamarr por sua contribuição e ela finalmente teve sua ideia reconhecida. 

Foi nesse ano que o Governo dos Estados Unidos também reconheceu sua invenção e deu à Hedy uma menção honrosa “por abrir novos caminhos nas fronteiras da eletrônica”. 

No ano seguinte, a Ottawwa Wireless Technology adquiriu 49% da patente de Lamarr e a ideia do aparelho de frequência criado por ela serviu de base para a criação da moderna tecnologia de comunicação, como as conexões WiFi.

Essa patente não só inventou o WiFi, como permitiu que outras tecnologias fossem criadas, como os telefones celulares, Bluetooth e GPS. 

A atriz parou de trabalhar no cinema entre o final dos anos 1950 e começo dos anos 1960. 

Lamarr então viveu reclusa em sua casa em Orlando até seus últimos anos de vida, onde morreu em 19 de janeiro de 2000, aos 86 anos. 

Na comemoração de 101 anos de Hedy Lamarr, a Google homenageou a atriz e inventora com um Doodle como as invenções, os casamentos, a estrela na calçada da fama em Hollywood e outros aspectos importantes da sua vida e história. 

Essa foi a história de Hedy Lamarr, inventora e atriz hollywoodiana que inventou o WiFi e possibilitou a criação de diversas outras tecnologias que usamos hoje. 

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